Durante a 1ª Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente, promovida pelo Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Cidesa) do Alto Teles Pires, o prefeito de Lucas do Rio Verde e presidente do Cidesa, Miguel Vaz destacou a importância do evento para o fortalecimento das práticas sustentáveis aliadas ao desenvolvimento regional. O evento, que contou com a participação de 15 municípios da região Centro-Norte do estado, aconteceu na quinta-feira (7), no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), em Sorriso.
“Esta é uma grande oportunidade, com a participação expressiva de profissionais liberais, pessoas ligadas às secretarias de meio ambiente, prefeitos, secretários, vereadores, a SEMA, enfim, para discutir propostas em torno de 5 eixos, como mitigação de riscos, redução de CO2, justiça ambiental, que serão levadas à conferência estadual e depois à nacional, representando nossa região”, afirmou.
Miguel Vaz também frisou a importãncia em aliar o desenvolvimento econômico à sustentabilidade. “Precisamos enfrentar os desafios tanto no meio rural quanto nos núcleos urbanos para que a economia continue girando de maneira sustentável. Temos uma economia com base na agricultura, na produção de alimentos e energia, energia sustentável a partir, principalmente, dos biocombustíveis, etanol de milho e biodiesel. E, o objetivo é garantir que nossa geração de riqueza seja feita com responsabilidade, para que possamos continuar a crescer e se desenvolver, mas de forma sustentável, pensando nas próximas gerações”, explicou o prefeito.
O prefeito de Nova Mutum e vice-presidente do Cidesa, Leandro Felix ressaltou o impacto da conferência para os municípios do consórcio: “Esta conferência permite mostrar que nossa região, além de produtora, tem uma grande responsabilidade com a preservação. Queremos levar sugestões aplicáveis no dia a dia, visando melhorar a qualidade de vida da nossa população”.
(Foto: Ascom Prefeitura/Anderson Lippi)
Ao final do evento, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde, Felipe Palis, reforçou o compromisso com o crescimento sustentável do município.
“Nossa região, que é emergente e cresce muito, precisa equilibrar desenvolvimento e sustentabilidade. Em Lucas, temos projetos de educação ambiental em parceria com a Secretaria de Educação e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto, e recentemente firmamos o Pacto de Inovação, que elenca sete macros desafios e diversos projetos com pautas ambientais. A ideia é inovar e crescer, sempre com uma pegada sustentável”, concluiu.
A conferência contou com a presença de diversas autoridades, servidores públicos, iniciativa privada e sociedade. Os servidores da Prefeitura de Lucas do Rio Verde também contribuíram com suas experiências em iniciativas de sustentabilidade e meio ambiente, reforçando o compromisso do município com a pauta.
Propostas aprovadas dos 5 eixos que serão levadas à etapa estadual
Mitigação
Fomentar incentivos fiscais, subsídios e linhas de crédito às empresas e proprietários para fontes renováveis;
Apoiar projetos para criação de áreas verdes em locais que favoreçam o microclima nas áreas urbanas.
Adaptação e Preparação
Promover a conscientização ambiental na comunidade com foco na capacitação contínua por meio de programas de formação voltadas para brigadistas, primeiros socorros e assistentes sociais;
Criar uma plataforma de mapeamento ambiental que reúna pontos de risco e passivos na região do Cidesa.
Justiça Climática
Implantar, consolidar e fortalecer programas de incentivo educacional e técnico em sistemas agroflorestais para populações tradicionais assegurando a proteção das florestas e garantindo segurança alimentar;
Incentivar parcerias público privadas (PPPs) para criar estruturas de combate à incêndios com incentivos fiscais.
Transformação Ecológica
Executar as políticas públicas para preservação dos recursos hídricos;
Fomentar o acesso à políticas públicas para implantação de sistemas florestais.
Governança e educação ambiental
Criar apoio de pesquisa socioambiental nas comunidades de povos originários e tradicionais;
Implantar um plano de ação climática municipal alinhado aos ODS e fortalecer o gerenciamento de resíduos sólidos.
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